sexta-feira, 29 de abril de 2011

Armação


Malas prontas, roupas jogadas no meio da rua, objetos atirados por todos os lados.
Thiago teve uma enorme surpresa quando chegou em casa. Ele simplesmente não sabia o motivo daquilo. Pensou até que a casa tinha sido assaltada.
Na cama havia somente um bilhete. Ele leu rapidamente.
“Como você pôde fazer isso comigo?”.
Era só o que estava escrito no pedaço de papel que ele tinha em suas mãos.
Ele não estava entendendo nada.
Ligou no celular de sua esposa: fora de área.
O que está acontecendo?
Minutos depois, a sua esposa chegou gritando e chorando.
- Como você pôde me trair com aquela vadia? Você é um cachorro, safado.
Ela disse tantos outros palavrões que nem dá pra descrever.
Mas ele continuava sem entender nada.
- Por que você acha que eu te traí? – ele perguntou simplesmente, tentando manter a calma.
- Foi o seu próprio irmão que me disse. Ele não mentiria sobre isso.
- Pois ele mentiu e você deveria ter investigado antes de fazer tudo isso.
- Mas por que eu duvidaria do seu irmão? Ele nunca mentiu pra mim.
- Ele não passa de um cafajeste que se faz de santo perto de você com segundas, terceiras e quartas intenções. Só você não vê isso.
Ela ficou pensando e acabou lembrando que a sua sogra já tinha falado que o seu cunhado tinha uma leve queda por ela.
Ela chegou perto de seu marido e o abraçou com força. Chorou tanto que soluçava.
- Me perdoe, meu amor. Eu tenho tanto medo de te perder – disse ela, entre soluços.
Ele quase chorou, mas se conteve e disse que ela devia confiar mais nele e tudo ficaria bem, depois que ela apanhasse as roupas e objetos que estavam jogados pela casa e na rua.
Depois de tudo, fizeram amor como no dia da lua de mel.

“Mesmo que o sol se apague, vem a lua te trazer de volta os sonhos meus. Podem passar mil anos, você vai me amar e eu vou ser pra sempre seu.” – Mil anos – Jorge e Mateus.


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