quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Vício nas redes (anti) sociais (disfunção da realidade)

 

Ariane era uma garota antenada. Tinha computador, notebook, iPad, iPhone, iPod e outros acessórios eletrônicos.

Vivia conectada na internet. Estava sempre no Tiktok, Instagram, Whatsapp, Facebook, Twitter, entre outras redes sociais.

Mesmo na escola em que estudava o último ano do ensino fundamental, ela não largava do seu iPhone.

E na internet ela tinha muitos amigos. Muitos mesmo. Conversava com eles o dia quase todo, até mesmo de madrugada. Rolavam altos papos, todo tipo de assunto, sem nenhum embaraço.

E alguns desses seus “amigos virtuais” estudavam na mesma escola, mas só conversavam pela internet. Conversa cara a cara era raridade. E bota raridade nisso.

Alguns dias atrás, Ariane se viu numa situação inesperada: teve que apresentar um trabalho escolar. Como ela ia falar, se ela só teclava? Ela ficou muito nervosa e acabou chorando no dia da apresentação. Alguns colegas sorriram muito da situação.

No mesmo dia, ela postou uma frase em um de seus perfis na internet, com várias dessas carinhas tristes.

Que dia horrível. Nunca pensei que teria que falar em público. Prefiro a internet.

Um de seus colegas virtuais tentou conversar pessoalmente com ela na escola. Mas ela se escondeu. Parece que tinha medo de gente…


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Sometimes I feel like giving up, no medicine is strong enough. Someone help me, I’m crawling in my skin. Sometimes I feel like giving up, but I just can’t. [Às vezes eu sinto vontade de desistir, nenhum medicamento é forte o suficiente. Alguém me ajude, eu estou rastejando dentro da minha pele. Às vezes eu sinto vontade de desistir, mas eu não posso” Trecho da música In My Blood de Shawn Mendes.